A Polícia da Malásia afirmou nesta quarta-feira (22) que um diplomata da Coreia do Norte está entre os suspeitos de participação no assassinato de Kim Jong-nam, meio-irmão do líder Kim Jong-un, ocorrido no dia 13 de fevereiro.
Hyon Kwang Song é segundo secretário da embaixada de Pyongyang na capital malaia, Kuala Lumpur, e seria o “supervisor” do crime. Em coletiva de imprensa, o chefe da Polícia local, Khalid Abu Bakar, disse que não é possível afirmar que o regime de Kim Jong-un está por trás do homicídio, mas ressaltou que é “certo” que houve a participação de norte-coreanos.
Até o momento, quatro suspeitos foram presos, sendo uma indonésia, uma vietnamita, um malaio e um homem da Coreia do Norte. Outros sete cidadãos de Pyongyang são investigados: quatro deles fugiram para seu país e tiveram a extradição solicitada pela Malásia, e três estão desaparecidos, incluindo Song e um funcionário da companhia aérea de bandeira Air Koryo.
O crime foi executado por duas mulheres – supostamente a indonésia e a vietnamita presas -, que teriam aplicado uma toxina venenosa nas mãos e as esfregado no rosto de Kim Jong-nam. O ataque ocorreu no aeroporto de Kuala Lumpur e foi flagrado pelas câmeras de segurança do local.
O meio-irmão de Kim Jong-un era fruto da relação entre seu pai, Kim Jong-il (1941-2011), e uma atriz. Ele chegou a ser considerado o possível sucessor do “querido líder”, mas nunca demonstrou interesse pela política e caiu em desgraça em 2001, ao tentar entrar no Japão com um passaporte falso. (ANSA)