Protesto contra a corrupção reúne, segundo autoridades, apenas 350 pessoas em Brasília

Concentração foi em frente ao Congresso Nacional.

Manifestantes se reuniram neste domingo 26 na Esplanada dos Ministérios para protestar contra a corrupção, o foro privilegiado e o voto em lista fechada — quando os eleitores votam na legenda e não diretamente no candidato — e a favor da Lava Jato. Segundo o primeiro balanço da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, apenas 350 pessoas estavam em frente ao Congresso Nacional por volta das 10h30. Uma hora e meia depois, o público se dispersou. Os organizadores calcularam 5 mil, ao meio-dia.

Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes começaram a chegar às 10h e ficaram concentrados no gramado em frente ao Congresso Nacional. Em Brasília, a mobilização foi comandada pelo movimento Vem Pra Rua. “O povo não está consciente de que estamos prestes a perder nossa democracia, o poder de voto e que estão acabando com a Lava Jato”, explica Juliana Dias, coordenadora do movimento. O protesto ocorre em outras capitais.

Segundo os organizadores, a mudança no horário do metrô atrapalhou a presença de público. O transporte funciona, excepcionalmente neste domingo, das 10h às 22h devido ao jogo do Flamengo contra Vasco no Mané Garrincha. Normalmente, os trens operam das 7h às 19h aos domingos. A assessoria de comunicação do Metrô-DF respondeu que o horário foi remanejado para atender à grande demanda de pessoas antes e depois da partida.

O padre Pedro Stepien, 45 anos, compareceu ao evento em apoio à Lava Jato e contra a corrupção e o aborto. “Basta de corrupção. Queremos os ministros do Supremo Tribunal Federal trabalhando em prol do povo e da Lava Jato. Também vemos um ativismo judiciário avançando para uma cultura de morte e legalização do aborto”, reclamou.

Com gritos de “Nossa bandeira jamais será vermelha”, os manifestantes também pedem a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que responde a ações na Operação Lava Jato — e evocaram o nome do juiz Sérgio Moro. Lápides de políticos, como o senador Renan Calheiros (PMDB/AL), também foram colocadas no espelho d’água.

Um dos pontos polêmicos defendidos foi a revogação do Estatuto do Desarmamento, de dezembro de 2003. Alguns manifestantes apoiam o Projeto de Lei 3.722/2012, do deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC), que regulamenta a aquisição e circulação de armas no país.

O servidor público Vilson Pereira de Sousa, 44 anos, levou a irmã e a sobrinha para reivindicar a posse de arma. “Somos contra o desarmamento de pessoas de bem. O povo desarmado é refém da bandidagem e de governos totalitários”, disse.

Mas nem todos saem em defesa dessa pauta. A aposentada Maria Barcelos, 56, acredita que armar o cidadão não resolverá a violência. “Temos de desarmar, mas tem que valer para todos, inclusive os bandidos. Homem de bem não quer arma, quer paz”, destacou.

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